sábado, 6 de maio de 2017

A Alma Humana




A  ALMA  HUMANA
         
                                                                                                                                                     
A alma humana, dos seus níveis mais baixos até os mais altos, é uma entidade única e singular, apesar de ter muitas facetas. Em seu ser mais profundo, a alma do homem é uma parte do Divino e, a este respeito, é uma manifestação de Deus no Mundo. Com certeza, o mundo como um todo pode ser visto como uma manifestação divina, mas o mundo permanece algo diferente de Deus, enquanto que a alma do homem, em suas profundezas, pode ser considerada como uma parte de Deus.
De fato, somente o homem, em virtude de sua alma divina, tem o potencial e algo da capacidade real de Deus, em Si Mesmo. Este potencial se expressa como a capacidade de ir além dos limites de uma existência dada, de deslocar-se livremente e escolher outros caminhos, possibilitando ao homem atingir as maiores alturas – ou cair nos infernos mais profundos. Em outras palavras, é o poder de querer e de criar.
Portanto, do livre-arbítrio do homem deriva seu único potencial, do fato de que é uma parte da vontade divina, sem limites e sem restrição. O poder criativo do homem também é derivado do mesmo poder divino de criar coisas que jamais anteriormente existiram, destruir coisas que já existem, e inventar  novas formas. Nesse sentido, também, o homem é feito à imagem de Deus.
É compreensível que o Divino não apareça no homem em toda a infinitude do seu ser; e falamos somente de um aspecto de Deus, ou de uma faísca divina, que constitui a essência da vida interior do ser humano. Por mais velada e mascarada que esteja, em seu contexto mais amplo a raça humana também pode ser considerada como manifestação de Deus no mundo. E cada pessoa é uma parte intrínseca desta divina fonte de luz, o ponto da essência. Este ponto essencial e fonte é conhecido num certo nível como Shekhinah, o poder vitalizante divino, que dá vida ao mundo e em outro nível como Knesset Israel – o reservatório onde todas as almas do mundo estão contidas como essência única, apesar de não se revelar como tal, porque no mundo, apenas um brilho das faíscas da santidade em certas pessoas é revelada. Então, toda alma é um fragmento da luz divina. Como faísca, uma parte que contém algo do todo, a inteireza essencial da alma não pode ser alcançada senão pelo esforço, através do trabalho com o todo maior.
No entanto, apesar de todos os laços que unem a alma individual com uma fonte superior ou com todas as outras almas, cada faísca particular, cada alma individual é única e especial, em termos de sua essência, sua capacidade e o que dela se exige. Não há duas almas que coincidam em suas ações, funções e caminhos. Nenhuma alma pode tomar o lugar de outra, e nem o maior dos maiores pode preencher a função especial, o lugar especial, de outro que talvez seja o menor dos menores. A vida de uma pessoa é algo que não tem substituto nem troca possível; nada nem ninguém, pode ocupar o seu lugar.
A alma como existência primordial – ou seja, antes de sua conexão com o mundo físico – já é portanto uma entidade espiritual diferente, no sentido de que é uma combinação especial de vários mundos (Sefiras). Nenhuma alma pertence somente a uma Sefira, embora em toda alma existe  uma tendência a manifestar mais de algumas Sefiras do que outras.  Geralmente as almas são produtos das combinações entre as Sefiras; e pode haver centenas e milhares dessas combinações numa vasta variedade de formas, numa única alma. Então, pode-se dizer que as almas diferem de acordo com a diferença nas Sefiras que formam a combinação e na própria combinação, assim como no nível dos mundos dos quais a alma é manifestada. Tudo isso ainda está no campo de ação espiritual e abstrato.
Não obstante, a ação principal da alma, sua importância maior não radica no fato dela ser abstrata, e estar distante do mundo físico, mas precisamente no mundo das criaturas vivas, em seu contato com a matéria. Porque dentro do extremamente complexo sistema de relações entre a alma e o mundo da substância material como um todo – especialmente as relações com seu próprio corpo – a alma é capaz de alcançar níveis muito mais altos de evolução,  do que no seu estado abstrato de essência separada, no que se conhece como o estado paradisíaco fora do corpo.
O processo da conexão da alma com o corpo – chamado “a descida da alma para a matéria” – é visto de uma certa perspectiva como a profunda tragédia da alma. Mas a alma assume esse terrível risco, como parte da necessidade de descer para fazer a subida desejada até alturas desconhecidas. É um risco e um perigo, porque a conexão da alma com o corpo e o seu contato com o mundo material, o único fator que está  livre (não limitado pelo determinismo da lei física e capaz de escolher e mover-se livremente), possibilitam à alma cair e, na queda , destruir o mundo. De fato, a Criação em si mesma, e a criação do homem é exatamente esse risco, uma descida cuja finalidade é uma posterior ascensão.
Naturalmente, a alma é imaterial e não está somente além da matéria, mas também além do que é considerado espírito: ou seja, está além de tudo o que o intelecto, no seu nível mais alto pode alcançar e entender ou esclarecer para si mesmo. Portanto, a alma não deve ser concebida como certa essência definida, encerrada no corpo, nem como um ponto ou substancia imaterial, mas como uma linha contínua de ser espiritual, estendendo-se da fonte geral de todas as almas até além do corpo específico de uma pessoa em particular. A ligação entre o corpo e a alma é como o que acontece no final de um raio de luz, quando um corpo escuro é iluminado. E como a alma não é um ponto único no espaço, ela deve ser encarada não como uma única existência que tem uma qualidade ou caráter, mas como muitas existências, numa variedade de níveis espirituais, um próximo do outro, acima e além do outro. Então, para começar, a alma dá ao corpo sua vida e seu ser, esse ser vital que diferencia tudo o que está vivo e é real. Além disso, ela fornece à pessoa individual seu caráter especial e, como conseqüência, fixa a maneira como ela participará da realidade da vida das criaturas no mundo.
Em outras palavras, uma alma humana, em seu nível mais primário, anima a  existência em termos de força de vida, movimento e propagação da espécie; e depois, em outro nível, ela age como fonte da capacidade do homem para pensar, imaginar, sonhar e contemplar. A faísca divina que é a alma vitaliza assim o corpo humano, com a essência da vida das criaturas vivas, mas de um modo muito mais complexo e potente que nas outras formas de vida. Apesar dessa complexidade maior de mente e emoções, este nível da alma é chamado “alma animal”, no sentido de que é paralela às almas de outras criaturas vivas tendo as mesmas funções, pensa e está consciente de si mesma, como estando concentrada num recipiente particular, o recipiente do corpo. Ao mesmo tempo, esta alma, a alma primária, natural animal do homem não está necessariamente ligada somente a necessidades animais ou aspectos físicos da vida, sendo – como ele é – a fonte dos aspectos ou qualidades peculiares a cada um como pessoal.
Num nível mais alto, acima desta alma primordial existe em cada ser humano uma alma divina. Esta é a primeira faísca de consciência além da espécie zoológica, além mesmo da consciência de um animal superior ou mais desenvolvido, e está diretamente ligada à essência divina, na forma de uma linha traçada de cima para baixo, estendendo-se do nível primordial chamado “Alma”, que existe , de uma forma ou de outra em todo homem. Ela existe em cada ser individual, escondida e encoberta como uma faísca de uma percepção superior, de uma aspiração superior, e toca o nível mais alto, que é o Espírito. Este nível corresponde ao mundo superior, acima do nosso próprio mundo de ação, chamado o “Mundo da Formação”. Em outras palavras, esse nível da alma humana, conhecido como “espírito”, corresponde em sua essência interna ao nível de um anjo no mundo da formação.
Além deste, há um terceiro nível chamado Neshamah (alma superior), que corresponde ao nível do ser no mundo da criação, que é ainda superior e mais puro. Acima deste, para além de Neshamah, há um nível denominado Chaya, que corresponde à ação das forças das Sefiras no mundo da emanação. E além de todos estes, o ponto mais interno da faísca divina é o chamado Yekhidah, que pode ser considerado o ponto de contato entre a alma e a própria essência de Deus.
Exatamente como a união de corpo e alma dá vida ao corpo, ela também envolve a alma na substância material e imaterial, fornecendo-lhe os poderes do corpo físico, e este não é um processo unidirecional. A alma não apenas dá ao corpo, força vital e vida, ela também obtém algo do corpo, da ligação do corpo com a matéria e a forma, suas capacidades físicas, seus canais de percepção e seus vários laços com o mundo material e imaterial. Deste modo a alma fica logicamente limitada e restrita pelo corpo, mas também incorpora uma nova forma de ser, um ponto de vista diferente. O contato e a atração mútua entre o corpo e alma criam uma contingência, uma situação única, gerando a pessoa humana, que não é nem corpo nem alma, mas uma fusão de ambos. Este ser “conjunto” pode realizar grandes coisas, dando expressão à glória do corpo, sendo criado da matéria inerte e para júbilo da resposta da alma a este contato mútuo.
Só que o eu não é um ponto particular, uma intersecção no espaço ou uma essência especifica, e assim, é diferente para um, e até num mesmo homem, nos diversos estágios do seu desenvolvimento. Nos primeiros estágios da vida, por exemplo, a existência do eu concentra-se quase totalmente na vida do corpo, enquanto que os níveis mais altos da mente e do espírito não se mostram, salvo de forma inconsciente. Com o crescimento, com o desenvolvimento dos poderes físicos e espirituais, uma pessoa se torna cada vez mais consciente da essência mais alta de sua alma. De acordo com as suas capacidades, uma pessoa pode perceber seu potencial espiritual como homem e ir além, se realizar o esforço, até o reino do Divino, nele. Mas sempre ficarão dentro de sua vida e consciência, poderes extraídos do seu corpo, do contato do seu corpo com a matéria e com os vários seres físicos e espirituais no mundo. Parte desses estão no eu sob forma de consciência, e parte não são conscientes, porque as essências inconscientes do ser persistem também nos aspectos mais altos da alma. Portanto, o progresso para a perfeição depende da capacidade de cada um de elevar o seu eu ao nível de identificação com a mente superior,  que está situada além do contato entre a matéria e o espírito; é uma ascensão de consciência mais alta que vai dos reinos do Espírito até a Alma e, em casos extremamente raros, até níveis ainda mais altos de Chaya, que corresponde ao nível da revelação na profecia, quando o eu recebe poder e plenitude diretamente e conscientemente do mundo da emanação.
Então a consciência, assumindo sempre uma nova identificação ao longo da linha da vida da alma é o meio do homem ascender até a perfeição. Quanto mais a pessoa ascende, mais perto ela fica da realização da finalidade superior do seu ser. Com certeza, somente algumas poucas pessoas tem alguma vez o privilégio de atingir esses níveis superiores; e mesmo quando os alcançam, não é para neles ficarem, mas para experimentar um ocasional lampejo de consciência da existência maior. Somente as pessoas extraordinárias atingem este nível onde existe o eu, em termos de consciência, no mundo da emanação. O resto da humanidade vive no mundo da ação, ou um pouco acima dele. Eles podem ascender um pouco – se, de fato, conseguirem fazê-lo alguma vez – somente em virtude de sua escolha, seus esforços mais sinceros.
Como a alma é da essência interior das Sefiras, ela precisa necessariamente manifestar as estruturas das dez Sefiras na vida real; porque as mesmas são os instrumentos da Onipotência Suprema. Portanto, quando o homem vive num estado de perfeição, sem nenhuma distorção do seu ser, sua alma e as relações entre ela e seu corpo refletem o mundo inteiro e as dez Sefiras supremas, e  ele pode dizer: “ No entanto, na minha carne haverei de ver a Deus “ . O homem, na sua pureza, deveria ser capaz de perceber toda a ordem de relações entre Deus e o mundo, e a ordem de relações dentro das Sefiras como se reflete no microcosmo de sua existência humana; e de suas inter-relações mútuas deriva e manifesta-se todo o amplo leque de pensamentos, sentimentos e experiências do homem. Assim, as três primeiras Sefiras afirmam os aspectos da consciência pura:  Hockmah, que expressa o poder da luz original é o que distingue e cria e é a base da percepção intuitiva;  Binah, expressando o poder analítico e sintético da mente, constrói e inclui formas e sonda o significado do que vem da Sefira de Hockmah; e Daat, que expressa a cristalização da consciência em termos de conclusões e a verificação abstrata dos fatos, é o que permite à consciência fazer uma transição de uma forma de existência para outra, assegurando desse modo sua continuidade. Depois, seguindo-se a estas estão as três Sefiras das emoções mais elevadas: Chesed, Geburah e Tiferet.  Chesed, como graça e amor, representa  a inclinação para as coisas, o desejo de, ou a atração pelos seres, o fluxo de extroversão e abertura para o mundo, o que dá de si mesmo, seja em termos de vontade,  afeição ou relação e,  em dando, abre-se à Sefira de Geburah, ou Força. Portanto Geburah é uma retirada das forças para dentro, uma concentração de poder que fornece uma fonte de energia para o ódio, o medo e o terror, assim como para a justiça, a restrição e o controle. Tiferet é harmonia, compaixão, assim como beleza, sendo uma síntese ou equilíbrio dos poderes maiores da atração e da repulsão, e leva à aceitação moral e estética do mundo. Dessas, seguimos para as Sefiras que agem diretamente no mundo real da experiência: Netzah, Hod  e Yesod. Netzah é a vontade de vencer, o impulso profundo de realizar as coisas. Hod, na luta para cumprir e atingir o que se deseja, também é poder de repudiar os obstáculos que surgem da realidade, e perseverar. Yesod é o poder de conexão, a capacidade de e a vontade de construir pontes, fazer contatos e relacionar-se com os outros, especialmente da maneira como é feito com o professor,  o pai,  mãe ou ainda outras figuras de significado e autoridade. Finalmente, a Sefira de Malkhut é a realização, ou vivência deste potencial, no ser essencial; é a transição da alma para a existência externa, o pensamento e o fato. Também efetua a transmutação da consciência de volta para Kheter, a primeira e mais alta Sefira, que é a essência da vontade e contém em si todos os altos poderes que ativam a Alma, a partir de instâncias superiores.
Esses poderes básicos se combinam e trabalham juntos; dois ou mais deles produzem um evento ou ativam algo e juntos criam os pensamentos e sentimentos do homem em toda a sua enorme sutileza e complexidade. Então cada pensamento, emoção ou ato é resultado da combinação de forças de uma, outra, ou de todas as Sefiras, compondo assim uma essência singular, um ser ou criação particular no mundo.
A alma do homem funciona através do seu instrumento ou recipiente, que é o corpo. Através dele e com ele, a alma pensa, percebe, sente e age; através dele e por ele, a alma tem de cumprir sua dupla função na realidade. Primeiro tem de executar uma determinada tarefa no processo de aperfeiçoar o mundo externo, ou pelo menos essa parte do mundo à qual se destina. E, segundo sua tarefa é elevar-se. Mas essas tarefas não são necessariamente separadas; elas são cumpridas simultaneamente, porque o mundo físico contém em si mesmo uma essência maior, forças superiores nas quais, apesar de escondidos e distorcidos, existem elementos da ausência de forma divina original. É com essas forças superiores que a alma, em seu trabalho de evolução e aperfeiçoamento, ou ainda, correção  (Tikkun),  é unida: e assim elevando uma porção do mundo, também ela é elevada e levantada. A relação entre corpo e alma, e de modo geral entre o espírito das coisas e sua corporeidade, pode ser expressa pelo exemplo de um cavaleiro sobre um cavalo. Um cavaleiro que mantém o controle e guia seu cavalo pode ir mais longe do que poderia ir a pé. Então, como é adequada a imagem do Messias como um homem pobre montado num burro para descrever a condição humana; a faísca divina conduzida e guiando, o burro físico suportando e esperando por liderança e poder.
O caminho de Tikkun, o curso planejado para a estada da alma no mundo, é geralmente achado na Torá (a Bíblia hebraica), que se supõe seja um instrumento guia. Porque a Torá não é apenas uma revelação mais alta; é um guia prático para dirigir o homem em seu caminho, mostrando-lhe o que fazer e como fazê-lo, em sua tarefa de consertar o mundo. Dentro desse curso geral de tarefa de elevar o nível do universo, cada alma tem de achar seu próprio caminho particular, seu próprio lugar, e os objetos específicos relativos à sua existência. Portanto, foi dito que cada uma das letras da Torá tem sua alma correspondente; ou seja, cada alma é uma letra em toda a Torá, e tem sua própria função a ser cumprida.
A alma que cumpriu sua tarefa, que fez o que tem de fazer em termos de criar ou consertar sua própria parte do mundo e realizar sua própria essência, pode esperar, após a morte, pela perfeição do mundo como um todo. Mas nem todas as almas são privilegiadas assim; muitas se perdem, por uma razão ou outra; às vezes uma pessoa não faz todas as coisas corretas, e às vezes utiliza suas forças de maneira errada, estragando sua porção e a porção dos outros. Nesses casos, a alma não completa sua tarefa e pode até ficar machucada e comprometida no contato com o mundo. Não conseguiu completar a porção de realidade que somente essa alma particular pode completar, e, portanto após a morte do corpo, a alma retorna e é reencarnada no corpo de outra pessoa, e de novo, tem de tentar  completar o que deixou de corrigir ou o que danificou no passado.
Os pecados do homem não são eliminados até que sua alma possa completar o que precisa ser completado. Disso podemos ver que a maioria das almas não são novas, não estão no mundo pela primeira vez. Cada pessoa carrega a herança de existências anteriores. Geralmente não se obtém o eu anterior novamente porque a alma se manifesta em diferentes circunstâncias e em diferentes situações. Além disso, algumas almas se compõem de mais do que uma única pessoa anterior, compartilhando partes de várias pessoas. Uma grande alma, geralmente reencarna-se não num único corpo, mas se ramifica, participando de várias pessoas, cada uma das quais tem de satisfazer diferentes aspectos da existência. Apesar dessa incalculável complexidade, a alma estará formada pelos mesmos elementos constitutivos, e terá de completar essas tarefas incompletas deixadas pelo ciclo anterior. Portanto, o destino de uma pessoa está ligado não somente com as coisas que esta pessoa cria e faz, mas também com o que acontece à alma em suas encarnações anteriores. Os encontros e eventos da vida, suas alegrias e suas penas, são influenciados pela existência anterior de cada um. A existência de uma pessoa é uma continuidade, a sustentação de uma determinada essência fundamental; e certos elementos que parecem não pertencer ao presente podem subir até a superfície, e a pessoa tem de completá-los ou consertá-los ou corrigi-los uma porção do mundo que é sua tarefa colocar em ordem, para elevar sua alma até seu nível correto.
E esta luta das almas também é a luta e o caminho do mundo para a sua redenção. Quando as almas voltam e lutam para corrigir o mundo e justificar-se, num certo nível deste Tikkun geral ou correção, elas atingem seu pico máximo. Então os maiores obstáculos ficam atrás da raça humana, e esta pode prosseguir para a sua perfeição com passos seguros e sem a herança do sofrimento herdada de existências anteriores e pecados anteriores – este é o começo da Salvação, que é o tempo do Messias. Dessa maneira, o homem segue até que esse estágio seja atingido, quando então todas as almas voltam, cada uma para o seu próprio eu, quando cada eu no mundo entrará numa nova vida em completa fusão com as forças superiores da alma em todos os níveis e no corpo, manifestando todos os poderes potenciais que contém. Este nível da perfeição de toda a humanidade, no qual existirá uma nova relação entre corpo e alma, e o  mundo será um todo nele mesmo, é chamado “Paraíso”  ou “o Próximo Mundo“. É a meta para a qual todas as almas dos homens, ao desempenhar suas tarefas privadas e específicas na vida, aspiram e lutam.
                                                                                                                                                                            

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
                                                                                                                                     “A Rosa de treze pétalas”
Adin Even Yisrael - Steinsaltz
                    















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