quinta-feira, 25 de maio de 2017




SER OU NÃO SER


São poucas as pessoas, em nossa cultura, que tem a coragem de ser si mesmas. A maioria adota papéis, veste máscaras, põe disfarces. Não acreditam que seu self genuíno seja aceitável. Não foi aceito pelos pais : "não faça essa cara triste", diz a mãe. "Ninguém amará você! Ponha um sorriso nessa cara !".
E assim, a criança coloca uma máscara sorridente  para ser amada. "Ombros pra trás, peito para a frente ", diz o pai para seu filho pequeno, que então passa a adotar essa fachada de masculinidade. Os papéis e jogos, em geral, desenvolvem-se com mais sutileza em resposta a exigências implícitas e a pressões por parte dos pais.
As máscaras, disfarces e papéis tornam-se estruturadas no corpo porque a criança acredita que esta impostura conquistará a aprovação e o amor dos  pais. Nossos corpos são moldados por forças sociais, dentro da família, que modelam e determinam nosso destino...que é o de termos que tentar agradar para receber aprovação e amor.


Alexander Lowen - "Medo da Vida"


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